Advocacia preventiva: como uma assessoria jurídica pode ajudar a sua empresa

advocacia preventiva

Empreender não é uma tarefa fácil, e ainda que o objetivo de qualquer negócio seja crescer e prosperar, é importante saber que esse processo vem acompanhado de muito trabalho. Além de precisar lidar com o negócio em si, o empreendedor precisa estar em dia com impostos, regulamentações e outras burocracias. Dependendo do porte da empresa e da complexidade do negócio, cresce também a necessidade de contar com uma assessoria jurídica que possa trabalhar em soluções rápidas e também em evitar problemas jurídicos, através da advocacia preventiva.

Muitas pessoas ainda enxergam o papel da advocacia muito mais como uma estratégia de ataque ou de defesa em resposta a um problema que já aconteceu, do que como um recurso preventivo que pode auxiliar no controle de riscos, no crescimento da empresa e até mesmo na redução de custos.

Uma assessoria jurídica que atua de maneira preventiva tem como função impedir problemas legais, litígios e emergências a curto, médio e longo prazo. Esse apoio jurídico pode ser estratégico para as mais diferentes empresas, desde uma fintech, até uma empresa de prestação de serviços. Em tempos de crise, essa assessoria jurídica empresarial também pode trabalhar na renegociação de dívidas, recuperação de crédito e elaboração de contratos.

Leia também – O que é recuperação judicial, quem pode pedir e como funciona o processo


E na prática, o que é advocacia preventiva?

É um conjunto de práticas que, como o próprio nome sugere, têm como objetivo a prevenção de eventuais problemas jurídicos dentro de uma empresa que podem resultar em danos. É possível contratar um advogado ou uma equipe interna ou um escritório especializado em assessoria jurídica empresarial.

Um bom apoio jurídico faz toda a diferença no dia a dia do negócio, uma vez que é um trabalho que engloba demandas como:

  • elaboração e revisão de contratos e outros documentos a serem assinados;
  • suporte com questões trabalhistas;
  • preparo e análise de documentos que podem ser usados em licitações ou outras negociações;
  • atuação estratégica que visa proteger a empresa de multas, processos, sanções entre outros prejuízos tributários ou contratuais;
  • adequação às demandas tributárias;
  • intermediação com clientes ou fornecedores;
  • entre outras.

Mais do que solucionar problemas: 7 benefícios da assessoria jurídica empresarial

Em diversos momentos a empresa pode se beneficiar da assessoria jurídica e dos serviços da advocacia preventiva. Continue a leitura para avaliar os possíveis cenários!

#1 Elaboração e revisão de contratos

Os contratos são essenciais para garantir mais segurança para as partes envolvidas em negociações, acordos, entregas e contratações. Não é raro empresários que tiveram problemas com contratos mal feitos ou que não foram bem revisados. Assim, é papel da advocacia preventiva ajudar não só na elaboração de contratos, mas também na revisão, evitando complicações, “pegadinhas” e prejuízos para a empresa.

Leia também – Como fazer um contrato: seu guia com 8 dicas práticas


#2 Negociação e análise de riscos

Em casos de litígio judicial, ou seja, quando há divergência entre as partes envolvidas, a assessoria jurídica pode analisar os riscos do processo e ainda recomendar ou não a conciliação judicial ou extrajudicial. Em casos de conciliação, o profissional vai conduzir as negociações, auxiliando na tomada de decisão e aconselhando no momento do acordo.


#3 Questões trabalhistas

As obrigações trabalhistas da empresa são muito importantes e é essencial que tudo aconteça de forma adequada, dentro dos parâmetros legais. Mais do que evitar processos trabalhistas, é uma maneira de manter a credibilidade da empresa e fazer uma boa gestão de pessoas. Com a advocacia preventiva atuando no controle das questões trabalhistas, todas as partes ficam mais seguras e a empresa consegue evitar ou reduzir passivos trabalhistas e prejuízos de ações judiciais. 


#4 Arbitragem

Arbitragem é um método de resolução de conflitos que está em expansão no Brasil. Nessa resolução a demanda é submetida a “juízes” privados, evitando, então, a lentidão e a falta de especialização do Poder Judiciário. Por ser uma alternativa ao processo comum, a arbitragem é uma recomendação que pode ser feita pela assessoria jurídica que conhece bem a sua empresa.


#5 Segurança jurídica

É um dos principais objetivos da advocacia preventiva, para que os empreendedores e gestores tenham uma base sólida para focar no crescimento do negócio. Essa dinâmica permite que a equipe jurídica foque nas demandas burocráticas e evite problemas futuros e ações judiciais, enquanto a empresa tem mais proteção e segurança jurídica para tomadas de decisões.


#6 Redução de gastos

Muitos empresários erram ao achar que uma assessoria jurídica empresarial é apenas mais um gasto para a empresa, e pensam apenas no valor dos honorários pagos. A verdade é que a advocacia preventiva é algo muito estratégico para a empresa, que pode resultar em uma significativa redução de custos, se colocarmos na balança processos que foram evitados, por exemplo. Lembre-se que um processo consome muitos recursos da empresa, enquanto a advocacia preventiva vai incentivar as boas condutas, além de evitar o crescimento de conflitos que possam resultar em consequências negativas.


#7 Assessoria jurídica de confiança

Nem sempre uma empresa consegue evitar problemas jurídicos. E sejam eles simples ou complexos, mais uma vez o papel da assessoria jurídica se mostra necessário. Caso aconteça algum problema e você precise atuar de maneira mais imediata e responsiva, para sanar uma emergência, você já terá profissionais que já conhecem o seu negócio e o histórico da empresa, ou seja, as chances de chegar em uma melhor resolução para o seu caso aumentam.

Agora que você já sabe mais sobre a importância da advocacia preventiva e como uma assessoria jurídica pode ser estratégica para a sua empresa, não esqueça de tomar alguns cuidados no momento de contratar um profissional ou uma empresa de advocacia. Avalie a credibilidade no mercado, busque referências, tire todas as suas dúvidas e busque saber sobre a qualificação e a experiência no ramo.

Nós da Pereira Andrea Advocacia assessoramos no contencioso, preventivo e no consultivo, trazendo excelência na defesa dos nossos clientes. Oferecemos soluções jurídicas inteligentes por meio de uma assessoria que protege seu negócio, atuando nos mais diferentes aspectos empresariais. Entre em contato conosco para agendar uma consultoria e descubra como podemos ajudar em seu caso.

Como fazer um contrato: seu guia com 8 dicas práticas

escritorio de advocacia

Seja qual for sua área de atuação, é bem provável que em algum momento você precise lidar com contratos. O mesmo vale para pessoas físicas, que querem contratar determinado serviço ou alugar um espaço. O contrato nada mais é do que uma segurança para todos os envolvidos, por isso ele pode e deve ser adaptado para cada situação. Ainda assim, como fazer um contrato e analisá-lo é uma dúvida bem comum, principalmente para quem não tem experiência.

Antes de mais nada, é importante entender que você pode fazer por conta própria, sim, mas que existem profissionais mais capacitados para isso, como advogados e advogadas. Um dos pilares do Direito é ajudar a evitar e resolver conflitos que nascem das relações humanas, o que é justamente o principal objetivo de um contrato.

Existem diferentes tipos de contratos, mas algumas premissas valem para todos. Neste artigo vamos abordar algumas dicas práticas sobre o que não pode faltar em um bom contrato e a importância de analisar o que foi feito antes de assinar.


Por que é importante fazer um contrato e analisá-lo?


É o contrato que vai determinar, basicamente, os direitos e deveres das partes envolvidas, ou melhor, o que pretende ser acordado. Seja um de aluguel, seja um de prestação de serviços, a ideia é regular todas as possibilidades previsíveis e até mesmo imprevisíveis que podem acontecer durante o período em que a relação entre os envolvidos acontece. Ter um contrato é essencial para garantir que tudo saia como foi acordado e caso algo não seja cumprido, é possível buscar por soluções legais. Lembrando que as consequências da quebra de contrato também devem estar indicadas no próprio documento.

Outro detalhe importante: você elaborando o contrato ou deixando nas mãos de profissionais, é sempre fundamental analisar cada detalhe, ler todas as cláusulas, para evitar problemas futuros. O momento de sinalizar correções é antes de assinar! Não adianta ler com pressa, assinar e reclamar depois. Se achar necessário, contrate uma assessoria jurídica para fazer a revisão com você.


Como fazer um contrato: entenda o que é essencial


1. Tenha atenção com modelos prontos

Não faltam modelos prontos na internet, para os mais diferentes tipos de contratos. Você pode usar como base, mas tenha muita atenção com os detalhes e procure personalizar com o que for necessário para o seu caso. Deixamos aqui mais dois alertas:

  • não adaptar o que for preciso pode resultar em diversos problemas, como não receber o que foi prometido ou até mesmo a nulidade do contrato.
  • também é preciso atenção redobrada na hora de personalizar um modelo pronto, para evitar que aconteça alguma contradição interna dentro do documento.

O ideal é procurar ajuda profissional para a elaboração do documento, mas se não for possível no momento, capriche na revisão e tenha certeza de que não deixou nada de fora.


2. Complete com todas as informações necessárias das partes envolvidas

Nome, RG, CPF ou CNPJ, telefone e endereço das partes envolvidas são informações básicas que precisam constar no documento. Saber como fazer um contrato envolve também conhecer com quem você está negociando. Além de registrar quem está envolvido na negociação, é uma segurança importante em casos de processos judiciais ou procedimentos extrajudiciais, já que fica mais fácil encontrar quem deve responder pelo contrato.


3. Valorize as negociações preliminares

O momento que antecede o contrato também é importante. É durante a negociação que as partes manifestam suas prioridades, termos e condições. Gaste o tempo que for necessário para deixar tudo acertado durante a negociação e então formalizar no documento. Uma boa comunicação aqui evita retrabalho com eventuais correções no contrato no futuro.


4. Defina todos os detalhes importantes

Parece óbvio, mas é um erro comum de quem está procurando como fazer um contrato. Assim, lembre-se de colocar tudo que achar necessário para garantir um bom acordo e que tudo aconteça como planejado. Se as partes envolvidas sabem de todas as suas obrigações e direitos, as chances de quebra de contrato são bem menores.​​


5. Não esqueça da validade do contrato

Contratos não precisam e, muitas vezes, nem podem ser eternos. Por isso, as partes envolvidas devem encontrar uma data limite para a duração contratual. A vigência do documento depende muito do tipo do contrato – muitos podem até ter um prazo indeterminado. Avalie bem o seu caso e especifique os termos para renovação, caso ela não seja automática.


6. Tente prever imprevistos

Mais do que prestar atenção em todos os detalhes que você já sabe, como fazer um contrato exige tentar prever o imprevisível. O contrato trabalha com fatos, mas é bem interessante pensar fora da caixa e simular algumas situações inesperadas, que podem atrapalhar de alguma maneira a negociação e eventualmente resultar na nulidade do contrato. Quanto mais você conseguir prever situações hipotéticas, melhor.


7. Defina as garantias e consequências da quebra de contrato

É o momento que será definido as garantias e as responsabilidades caso aconteça quebra de contrato por uma das partes envolvidas. Um exemplo bem comum é a multa em contratos de aluguel de imóveis, caso o locatário saia do local antes do tempo previsto. Caso não tenha garantias previstas, os envolvidos podem ficar sem um bem específico – como pagamento por um serviço – ou uma alternativa que assegure o não cumprimento do acordo.

As obrigações do contratante e do contratado também precisam ser formalizadas, como prazo de entrega, como determinado serviço será executado ou as condições de um produto. Preço e forma de pagamento também são informações essenciais, sendo uma cláusula que precisa ficar muito clara para as partes envolvidas.


8. Entenda que todo cuidado é pouco

Quando o assunto é contrato, não dá para brincar. Existem modelos simples, outros mais complexos, mas ninguém gosta de se preocupar com os problemas resultantes de um contrato mal feito ou com a nulidade do contrato. Assim, dedique todo cuidado necessário, revise bem o que foi escrito e assine com mais segurança jurídica.


E em tempos de pandemia?


A pandemia de Covid-19 foi desafiadora nos mais diferentes sentidos e gerou confusão em muitas negociações e contratos. Ninguém espera enfrentar uma pandemia, o que acaba envolvendo muitos imprevistos e variáveis. De modo geral, as partes envolvidas podem previamente negociar como lidar com situações como essa ou utilizar preceitos legais para proteção da parte mais fraca. É importante saber que o coronavírus é considerado um evento de força maior e pode ser usado para demonstrar a impossibilidade de cumprir com as cláusulas do documento. O ideal é avaliar o caso de maneira personalizada, com profissionais que tenham mais experiência. Uma segurança jurídica que pode minimizar as perdas ou ainda evitar problemas no futuro.


Nós da Pereira Andrea Advocacia podemos auxiliar nas negociações e preparar e formalizar diversos tipos de contratos para atividades econômicas e financeiras. Entre em contato conosco para agendar uma consultoria e descobrir como podemos ajudar em seu caso.